Final de semana será de comemoração ao movimento Somos Todos Gigantes, que acolhe famílias de crianças com nanismo e completa uma década em 2025
O movimento Somos Todos Gigantes, que acolhe famílias de crianças com nanismo, completa 10 anos em 2025 e reúne, neste final de semana (24 a 26) mais de 280 pessoas para um encontro de comemoração no Tauá Resort, em Alexânia, no entorno do Distrito Federal (DF). No total, são mais de 280 pessoas de 19 estados e do Distrito Federal (DF). O movimento, que surgiu em Goiás, deu origem ao Instituto Nacional de Nanismo (INN) que hoje engloba outros dois movimentos: Nanismo Brasil, que cuida dos adultos com nanismo e do recém-criado Displasia Diastrófica, que reúne um tipo de nanismo raríssimo. Em todo o Brasil são mais de 5 mil pessoas atendidas pelo INN.
Presidente do Instituto Nacional de Nanismo, Juliana Yamin e o marido Marlos Nogueira, que ocupa a vice-presidência do Instituto, deram origem ao Somos Todos Gigantes após o nascimento do filho Gabriel Yamin, que tem acondroplasia – o tipo mais comum de nanismo. Hoje, com 18 anos,
Gabriel lidera o STG e se emociona com o evento. “Eu estou muito animado, muito empolgado. Esse evento tem um formato novo, sem palestras, é leve e o sentimento é de passar férias em família, porque é isso que nos tornamos. Tô empolgado porque é muito bom reencontrar todo mundo, é sentimento de pertencimento. E vamos aproveitar de uma estrutura absurda. Vamos ter o privilégio de usufruir de toda a estrutura do Tauá com os nossos. É muita felicidade”, completa.
O evento foi organizado com quase um ano de antecedência e para as famílias foram disponibilizadas condições especiais de pagamento. O Instituto também custeou parcial e integralmente, as hospedagens de famílias que não tinham como pagar. No total, foram 55 pessoas que receberam o subsídio. “Não sei nem como explicar o que estamos sentindo. Temos pouquíssimos estados não representados. É um evento novo, em um formato diferente do que estamos acostumados a fazer. Nesses 10 anos formamos muito mais que uma comunidade, formamos uma família, pessoas que se importam uns com os outros. Tivemos famílias que pagaram pela ida de outras famílias. O Instituto também custeou a ida de muitas pessoas que não poderiam estar lá, mas que vão viver essa experiência. Tudo isso pra nós é maravilhoso. Não dá pra imaginar a minha vida sem Somos Todos Gigantes. Isso mudou a minha casa e mudou a vida de tantas pessoas. É inexplicável”, completou.
O que é nanismo?
Nanismo é uma característica comum a mais de 740 displasias esqueléticas. O resultado é uma estatura muito abaixo da média da população da mesma idade e sexo. Cerca de 80% dos casos ocorrem por uma nova mutação genética na família, sendo portanto o primeiro caso na família. Também pode ser herdado de um dos pais. Acondroplasia é o tipo mais comum,
A altura média de homens adultos costuma ser de até 1,45m, e a de mulheres, de até 1,40m. No Brasil, o nanismo é reconhecido como deficiência física desde 2004, por meio de um decreto.
Pessoas com nanismo enfrentam desafios de acessibilidade e adaptação em espaços que não foram projetados para elas. A falta de informação e o preconceito também são barreiras significativas. O Instituto Nacional de Nanismo atua para acolher as famílias, lutar pelos direitos das pessoas com nanismo e mobilizar profissionais de saúde para estudar as displasias esqueléticas.
Somos Todos Gigantes
O movimento Somos Todos Gigantes nasceu da experiência pessoal da família da empresária Juliana Yamim, após o diagnóstico de nanismo do seu filho, Gabriel Yamim, ainda durante a gravidez. A iniciativa surgiu em Goiânia, em 2015, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o nanismo e combater o preconceito. O início do movimento foi marcado por um vídeo gravado pelo próprio Gabriel, na época com 8 anos, que foi o ponto de partida para espalhar a mensagem de que a família, que antes se sentia isolada, se tornava uma grande família.
O movimento começou de forma despretensiosa, com o propósito de informar amigos e familiares sobre o nanismo. Rapidamente, a iniciativa se espalhou e se tornou o maior movimento sobre o tema no Brasil. O sucesso do Somos Todos Gigantes levou à criação do Instituto Nacional de Nanismo (INN), que dá continuidade ao trabalho de informar e apoiar a comunidade de pessoas com nanismo. O movimento transformou uma história de vida em uma causa maior, mudando a percepção sobre o nanismo no país e promovendo a inclusão e o respeito.
Instituto Nacional de Nanismo
O Instituto Nacional de Nanismo (INN) atua com o objetivo de acolher e auxiliar famílias de pessoas com nanismo, promover a causa do nanismo e mobilizar profissionais de saúde para o estudo das displasias esqueléticas.
Os principais focos de atuação do INN incluem:
Acolhimento de famílias: Oferecer suporte e orientação a famílias que recebem o diagnóstico de nanismo, ajudando-as a enfrentar desafios e a se conectar com outras famílias em situações semelhantes.
Advocacy da causa: Defender os direitos e a inclusão de pessoas com nanismo na sociedade, combatendo o preconceito e a discriminação.
Capacitação e mobilização profissional: Estimular o estudo e o conhecimento sobre as displasias esqueléticas (condições que causam o nanismo) entre os profissionais de saúde.

Na Unicamp, 2º Encontro Regional de São Paulo reúne cerca de 154 pessoas
O evento contou com apoio da BioMarin, do Lobo de Rizzo e da Magma, além da Unicamp e da Associação Paralímpica de Campinas O Instituto Nacional de Nanismo (INN) realizou, neste sábado (19), o 2º Encontro Regional de São Paulo, realizado na Faculdade de Educação






