Mariana D’Andrea conquista ouro em equipe e prata no individual
O Brasil encerrou sua participação no Mundial de halterofilismo, realizado no Cairo, com o melhor desempenho de sua história na competição: seis medalhas no total – um ouro, três pratas e dois bronzes. Cinco delas vieram nas provas individuais e uma na disputa por equipes. O resultado superou o recorde anterior, alcançado em Dubai 2023, quando o país conquistou quatro medalhas, sendo três na categoria adulta e uma no júnior – um ouro, uma prata por equipes femininas e um bronze obtidos na elite.

O resultado colocou o Brasil na quinta colocação, logo atrás do Irã (4º colocado, com 2 ouros, 2 pratas e 2 bronzes), do Egito (3º, com 2 ouros, 1 prata e 4 bronzes), da Nigéria (2º, com 3 ouros, 4 pratas e 4 bronzes) e da China, campeã da competição com 10 ouros, 3 pratas e 2 bronzes. A participação histórica do Brasil em Mundiais da modalidade ainda contou com outra marca expressiva: 18 dos 25 (ou 72%) halterofilistas do país que competiram em Cairo terminaram entre os 10 melhores do mundo em suas respectivas categorias.
“Para nós é motivo de muito orgulho termos tantos participantes no Mundial de Halterofilismo. É um orgulho para toda uma comunidade, crianças, jovens e adultos que se inspiram nesses atletas. A Creuza, por exemplo, decidiu começar na modalidade depois de um encontro do Instituto no final de 2024. Ela já era campeã de CrossFit e decidiu embarcar em um novo desafio. Que a cada ano tenhamos mais e mais atletas com nanismo nas competições nacionais e mundiais. Além disso, o esporte é importante na vida das pessoas e por aqui estamos empenhados em tornar isso rotina para todos”, completa Juliana Yamin.

Foto: Alessandra Cabral / CPB

Foto: Alessandra Cabral / CPB

Foto: Alessandra Cabral / CPB

Foto: Alessandra Cabral / CPB

Foto: Alessandra Cabral / CPB

Foto: Alessandra Cabral / CPB
Mariana D’Andrea leva ouro com equipe
A equipe brasileira, formada pela paulista Mariana D’Andrea, a mineira Lara Lima e a carioca Tayana Medeiros, todas também medalhistas nas disputas individuais, derrotou o Uzbequistão na final por 312,94 a 214,03 pontos e ficou com o título inédito. Mariana, prata entre mulheres até 73kg, foi a segunda brasileira a fazer levantamento e validou 125kg. “Estou muito feliz. No último Mundial, precisei ir embora antes da disputa por equipes por causa da perda do meu pai. Foi muito difícil aquele momento. Mas agora estamos aqui, conquistamos o nosso ouro. Muito gratificante estar fazendo parte desta conquista. Essa medalha é para o meu pai”, afirmou Mariana no final da competição.
Estreia de Creusa Angélica e Marco Túlio
Creusa Angélica, que estreou no halterofilismo em 2025, participou do Mundial de Halterofilismo pela primeira vez e terminou a competição em 11º lugar na categoria até 41kg. Em setembro de 2024, ela conquistou a medalha de ouro na categoria adaptada no CrossFit Games 2024, que aconteceu em San Antonio, Texas (EUA). “Meu primeiro mundial foi uma experiência única. Não dá pra explicar. Só quem vive isso sabe do que estou falando. Uma adrenalina, uma energia, um nervosismo, uma alegria única. Estou muito feliz em competir, em representar o Brasil e em mostrar o poder que temos independente de qualquer coisa. Seguimos treinando bastante, ainda teremos o brasileiro esse ano e sem dúvidas treinando muito mais para trazer medalhas”, afirmou Creusa em entrevista ao INN.
O mineiro Marco Túlio Cruz conquistou a medalha de bronze pela categoria até 49kg. O jovem halterofilista, de 22 anos, conseguiu subir ao pódio logo na sua estreia na competição com a marca de 177kg. “É a melhor sensação do mundo. Meu primeiro Mundial. Senti toda aquela energia. Quando cheguei aqui, pensei ‘é hoje!’. Temos todo o trabalho mental que é difícil de controlar. Quando saí de casa, falei para a minha mãe que voltaria com uma medalha. Estou muito feliz”, afirmou Marco Túlio, que tinha até então como um dos melhores resultados na carreira a medalha de ouro na etapa de Santiago (CHI) da Copa do Mundo, há dois meses.
Bruno Carra: após lesão, atleta comemora resultado
Em 14º lugar na categoria até 65 kg, Bruno Carra comemorou o resultado e falou dos desafios enfrentados. “Apesar de não ter sido a minha melhor competição, vejo o saldo deste evento como extremamente positivo. Desde o ano passado venho com uma lesão na escápula que irradiava para o peitoral. Enfim, graças a Deus, tudo passou e eu saí de levantar 148 kgs, na minha primeira competição deste ano, para levantar agora 174 kgs (tive uma falha na execução e acabou não sendo válido). Muito obrigado a torcida de todos e o ciclo de Lós Angeles 2028 está apenas começando”, completou.
Cristiane: de 11º a 8º lugar no ranking mundial
“Poderia ser melhor a minha participação neste mundial aqui no Egito? Com toda certeza do mundo, mas nem sempre acontece do jeito que planejamos. Estou feliz sim com o resultado, principalmente em comparação com o último mundial que participei em Dubai em 2023. Na ocasião eu fiz 93 kg válidos e fiquei em 11º lugar e agora eu fiz 108 kg válidos e fiquei em 08º lugar no ranking mundial!!! E com esse resultado vou colher muita coisa boa”, comemorou.
Rizonaide
Maria Rizonaide, a Tayná, ficou em 6ª colocação e disse que foi motivo de honra e alegria. “Busquei dar o meu melhor na competição, pois treino, foco e disciplina eu tenho… mas nem sempre acontece como planejamos. Contudo, agradeço imensamente a Deus e a todos que direta e indiretamente participaram dessa conquista, inclusive a toda equipe de profissionais dessa missão”, acrescentou.
Confira o resultados dos atletas com nanismo que fizeram parte da equipe
Bruno Carra
Categoria até 65kg – 14º lugar (166kg)
Creúsa Angélica de Castro
Categoria até 41kg – 11º lugar (80kg)
Cristiane Alves Reis
Categoria até 55kg – 8º lugar (108kg)
Maria Rizonaide
Categoria até 50kg – 6º lugar (106kg)
Mariana D’Andrea
Categoria até 73kg – Prata (141kg)
Equipes – Ouro
Marco Túlio Cruz
Categoria até 49kg – Bronze (177kg)
Informações: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)